segunda-feira, 24 de março de 2014

Desabafo de uma mulher em conflito


Um desabafo, não, não ganhei flores nem bombons, nem sua companhia desfrutei, não foi romântico com café da manhã, nem tão pouco me levou para jantar, não fez nada de diferente e nem igual, um dia como qualquer outro, mas o que importa mesmo pra você? botar no Facebook, dizendo a todos, fui lembrada e você? o que importa mesmo pra você? acho que é o carinho de um abraço o beijo na testa e o olhar a dizer você é especial todo dia.

Há tanta coisa acontecendo, quantas mudanças já ocorreram e quantas ainda estão previstas,estou em constante mudança, uma hora bem disposta e alegre outra tão cansada como agora, só querendo poder dormir um pouco...

Estou cansada, há pessoas que não sabem respeitar o próximo, externizam todos seus sentimentos e decepções diárias, nós emanam vibrações pesadas e maléficas, não sabem conviver, são acostumadas a ser priorizadas, acham que tudo tem que ser do seu jeito, acham que são o centro do mundo, é difícil conviver, é difícil manter o equilíbrio quando não estamos bem e ainda temos que enfrentar os problemas dos outros, quando só os nossos já são o suficientemente pesados.

Meus maiores sonhos também carregam meus maiores medos, é estou com medo, muito medo, não poder contar com ninguém alem de mim para decidir, decisões que refletiram para sempre, decisões que não terão volta, sem segunda oportunidade, e então a pergunta, o que é mesmo prioridade? o que mesmo você quer?  talvez as respostas sejam mesmo simples, e não deviam vir carregadas de perguntas embutidas.

Vejo tanta gente infeliz, vejo tantos problemas, vejo tantas pessoas passando pela vida como quem passa de metrô pelas cidades, sem ver, sem olhar, sem enxergar, e eu fico aqui parada, como se o tempo por um minuto tivesse congelado e eu, somente eu estivesse viva, tudo mais estaria morto, imóvel, somente fazendo parte do contexto, como em um filme com os personagens figurantes, só tem importância, só se vê os atores principais. Será que a felicidade está vinculada ao fato de estar presente?

É eu já disse antes, eu estou cansada.
 Percorrendo os mesmo caminhos na esperança de chegar a outros resultados?
Como funciona mesmo, para tomar novos caminhos, escolher outras opções, como é difícil viver sem medos de errar.

Queria tanta coisa, nada aconteceu como planejado, e agora já não sei se devo fazer planos, até onde é certo tentar controlar as coisas, prever o futuro, desejar o melhor jeito a melhor maneira, ou será que o correto é mesmo viver de qualquer jeito, empurrar tudo com a barriga, fazer tudo da forma que forem acontecendo, sem preocupação se vai dar certo, sem preocupação.. Pois eu não sei ser assim eu me preocupo em poder dar o melhor, eu me preocupo em conseguir cumprir com a minha palavra, com meus compromissos, e porque seria diferente com meus objetivos, quero que deem certo, luto por isso, e por isso convivo com o medo, de que a melhor maneira de se viver seja sem planejar, a melhor maneira de sobreviver.