quarta-feira, 20 de abril de 2011

"Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos." Oscar Wilde Verba volant, scripta manent.

 
ontem eu estava tão bem e hoje nem vem
ontem eu estava normal, já hoje tão mal
agora que tudo passou, e só
restou o só, calma e tranquilidade
arrepios e saudade, pensamentos,
sonhos, ilusões, felicidade a cada
detalhe, a cada suspirar.
Adoro te olhar, sentir seu cheiro,
amar além do provável, do possível
adoro pensar, desejar, sonhar além 
de meus próprios sonhos
Pequenas ilusões, grandes sensações
amar é inevitável, quando se tem
um bom coração


 











Plágio

Sou meio Cazuza, totalmente exagerada. E eu quero... quero muito "ser teu pão, ser tua
comida todo amor que houver nessa vida"... Diria mesmo que sem dinheiro, sem garantia. Sou, assim, "maior abandonada" e bato a tua porta, "perdida: sem pai nem mãe, querendo a tua mão e um pouquinho do braço" querendo tua atenção, teu colo, teu corpo, tua mente, teu eu, teu ser, tudo e nada que possas me oferecer. "Teu corpo, com amor ou não." Apenas, pequenas porções de ilusão. Porque: "mentiras sinceras me interessam!"
Eu sou assim, meio Clarice Lispector: às vezes calmaria, outras: tua Tempestade. Afinal: "Posso ser leve feito uma brisa ou forte feito uma ventania" Depende de como me vês passar. Depende de como me lês... depende se queres me entender ou não. Mas eu, assim como a vida, "Ultrapaso qualquer entendimento."
Sou meio Renato Russo, às vezes autodestrutiva, as veses corrompida, às vezes "A força da Vida".
Sou meio Pink Floyd : cheia de fases e viajo em cada uma delas... Às vezes multicolorida, divertida. Às vezes clássica e elegante. Às vezes deprimida, doente, pulsante. Porém, sempre progressiva, constante...
Sou meio dolorida e meio alegre, como o choro em um solo de guitarra. Sou como a simplicidade e a beleza traduzida nas teclas de um piano. Sou a contradição de uma música muda, composta só de letra... Sou como um raio que rompe a escuridão da tempestade, como um grito que agride o silêncio, como o véu que esconde a pureza, como a máscara que se usa para incobrir a tristeza. Sou assim: a linha tênua entre a menina e a mulher, às vezes alegre, em outras triste. Sou o que eu quiser...
Às vezes sou antiga, empoeirada e saudoza feitos meus velhos discos de vinil. Sou incompreendida, uma alma do passado presa a conceitos talvez antiquados que fazem de mim um misto de mistério, desejo, incompreensão.
Sou como meus bichinhos de pelúcia, terna, delicada, fofa e meiga para quem merece meu carinho e conquista meu coração. Sou também forte, quente e causo dor aqueles que rompem a linha tênue entre meu ódio e meu amor.
Sou de extremos, mas sou de verdade. Sinto, penso, vivo, tudo com total entrega e sensibilidade. Não consigo ser pela metade. Não consigo amar pouco, não consigo sofrer de quase ou viver de pode ser... Como diria Cazuza: "É matar ou morrer!"
É isto que sou. Um plágio de meu outro lado, um misto do que gosto e do que desgosto. Uma mistura entre minhas paixões e minhas decepções e tudo que passo se não me mata, me fere isto é fato, porém de torna mais forte.
Sou o que sou e se isto te causa dor sinto muito, mas ainda assim é bem melhor que a inútil indirença de passar pela vida de alguém sem deixar marcas. Sem amar.
Sou marcada a ferro e fogo por tudo que vivi e que sofri. E como a Rosa tenho meus espinhos. Posso te marcar sutilmente como um veludo acariciando tua pele ou como arranhões entrando em tua carne. Mas, de alguma forma irei te marcar porque sou várias. Sou alegre, sou triste, sou insegura e determinada, ou frágil e mortal, sou tua ou não. Mas nunca vazia. Posso ser quente ou fria, mas sempre vais me sentir.